sábado, 6 de novembro de 2010

Tinha tudo corrido tão bem!



Combinamos com antecedência, disseste sem segundas intenções, só como amigos, só para colocarmos a conversa em dia.

E tu dizias para irmos ver o mar… eu obviamente disse que não era longe, vá 45 minutos, gasolina, tempo, tudo! E insististe, “gosto de coisas em grande!”, agora olho para trás e penso melhor, tu não é por gostares em coisas em grande, é por me teres ouvido dizer que gostava do mar, que aquela imensidão conseguia absorver todas as minhas preocupações, que me fazia ficar em paz.

Tu dizias um café… foi um café rápido… duas horas a olhar para o mar… toques… só toques inocentes pensava eu… toques de amigo… mas não… depois dizes “tive vontade de te abraçar, mas não o fiz, porque não sabia o que responder quando me perguntasses porquê e tive medo de a seguir me apetecer beijar-te… e não se pode fazer tudo o que nos apetece”
E eu simplesmente respondo “se fizermos tudo aquilo que nos apetece isso pode desencadear tamanha onda à nossa volta que arrasa com tudo”

Arrasaste com as minhas certezas, com os princípios que defendia acerca de ti, é só um café, só amizade, um bom amigo… mas não. A quem quero eu enganar!? Já tinhas tentado e eu fingi-me despercebida. Os toques, o querer saber da minha vida e a namorada que tentas nunca colocar na conversa.
A viagem poderia ser feita a 120 km/h mas não, foi feita a 100. Podia ter sido feita de 45 minutos, mas não, foi feita em 60.

A quem quero em enganar? A mim própria? Não quero ver, nem quero sentir… sabes… penso eu que sabes… que também não me és indiferente… gosto de estar contigo de saber as tuas histórias malucas, mas eu não sou pessoa para me meter numa confusão destas…

4 comentários:

  1. Vive o que sentes...não tenhas medo! Se tens vontade de abraçar, abraça, se tens vontade de beijar, beija...nós só devemos nos arrepender dos actos que não cometemos.

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  2. Essas situações são sempre tão complicadas...

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